A Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR) prevê que os 50 novos radares de controlo de velocidade sejam gradualmente implementados ao longo do primeiro trimestre de 2023. Esses radares farão parte do Sistema Nacional de Controlo de Velocidade (SINCRO), gerido pela ANSR.
Segundo a ANSR, já foram iniciados os trabalhos de construção civil para a instalação desses radares, sendo que 30 serão colocados em Locais de Controlo Velocidade Instantânea (LCVI) e 20 em Locais de Controlo Velocidade Média (LCVM). Estima-se que 80% dos radares sejam posicionados fora das autoestradas.
Novos Radares de Controle de Velocidade em Portugal: Implementação e Impacto
Os 50 novos radares irão juntar-se ao primeiro SINCRO, existente no país desde 2016. Apesar do anúncio feito anteriormente pelo Ministério da Administração Interna e pela Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária, a entrada em funcionamento desses equipamentos foi adiada devido não só a atrasos no fornecimento causados pela situação excecional nas cadeias de abastecimento decorrente da pandemia mas também pela crise global na energia e pelos efeitos resultantes da guerra na Ucrânia.
De acordo com a ANSR, 20 desses radares serão capazes de detetar a velocidade instantânea, enquanto 10 serão capazes de calcular a velocidade média num determinado trajeto. Atualmente, o SINCRO fiscaliza a velocidade dos condutores medindo a velocidade instantânea do veículo quando este passa pelo local de controlo de velocidade. Com a implementação dos novos radares, será possível fiscalizar a velocidade média do veículo entre dois pontos predefinidos na estrada.
Os contratos de fornecimento e instalação dos novos radares de controlo de velocidade terão um custo aproximado de 5,6 milhões de euros. Atualmente, a rede SINCRO é composta por 62 locais de controlo de velocidade instantânea instalados em várias estradas da rede rodoviária nacional, equipados com 58 radares. Estes, colocados em locais onde a velocidade excessiva tem sido identificada como uma das causas de sinistralidade. O objetivo principal desses radares é dissuadir os condutores de excederem os limites de velocidade, têm demonstrado uma redução significativa dos índices de sinistralidade a nível local, na zona de influência de cada radar.
A ANSR sublinha que, ao longo de seis anos de funcionamento, foram observadas reduções significativas nos indicadores de segurança viária. Tendo como comparativo o período anterior à implementação do sistema, registou uma diminuição de 36% no número de vítimas mortais, uma redução de 74% nos acidentes com vítimas, uma queda de 43% nos feridos graves e uma diminuição de 36% nos feridos ligeiros. Soma-se um total de 1.562.780 infrações, sendo que os anos de 2020, 2021 e 2019 foram os que apresentaram o maior número de multas, com 420.609, 349.139 e 323.589 infrações, respetivamente.
Estes números evidenciam o impacto dos radares de controlo de velocidade na fiscalização e dissuasão do excesso de velocidade.
Estudos demonstram que cada aumento de 1% na velocidade média resulta num aumento de 4% no risco de acidente fatal e um aumento de 3% no risco de acidente grave.
Tenha sempre presente que o excesso de velocidade constitui uma das principais causas de acidentes rodoviários. É imprescindível aderir a uma postura responsável respeitando os limites de velocidade estabelecidos. Ao conduzir dentro dos parâmetros legais, contribui para a redução do risco de sinistralidade e para a preservação não só da sua integridade física, mas também de todos aqueles que partilham as vias de circulação consigo. Faça do cumprimento das normas de trânsito uma prioridade e ajude a preservar vidas.